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30 Abril 2007
Estudo Bio4EU sobre o impacto socio-económico da biotecnologia



Press Release

O Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia (JRC ? Joint Research Center) apresentou no último dia 20 de Abril, em Bruxelas, o Estudo Bio4EU que é o maior estudo realizado até à data na Europa sobre o impacto socio-económico da biotecnologia [http://bio4eu.jrc.es/]. As principais conclusões foram apresentadas e discutidas como parte da Estratégia Europeia para as Ciências da Vida e a Biotecnologia. A APBio ? Associação Portuguesa de Bioindústrias, realça os resultados do Estudo que ilustra a como a biotecnologia tem hoje impacto em todos os principais sectores económicos na Europa.

Os números apresentados falam por si: confirmam que as ciências da vida e a biotecnologia tornaram-se centrais nalguns sectores da economia da UE e estima-se que a biotecnologia moderna produz praticamente 2% do PIB da UE, sendo comparável aos sectores industriais europeus de maior importância. O relatório mostra que a indústria biotecnológica europeia emprega directamente 96500 pessoas, principalmente em PMEs, e explica que o emprego indirecto em indústrias que utilizam biotecnologia é muito superior. O número de biofármacos no mercado mais que duplicou nos últimos 10 anos e o número de empresas biofarmacêuticas aumentou de 37 (1996) para 143 (2005). Nas agroindústrias, cerca de 20% do volume de negócios está actualmente relacionado com a biotecnologia, e no âmbito da biotecnologia industrial, a UE produz cerca de 75% das enzimas comercializadas no mundo. Os efeitos ambientais das aplicações industrias são notáveis: a substituição de um método químico por um método biotecnológico de uma larga gama de antibióticos resultou numa redução de 37% na utilização de electricidade, de praticamente 100% no consumo de solventes ambientalmente nocivos e de 90% no volume de efluentes produzidos. Outras aplicações industriais, tais como plásticos e embalagens biodegradáveis, têm o potencial de trazer benefícios semelhantes.

Os estudos como o Bio4EU são uma ferramenta de extrema utilidade para que se tornem mais visíveis os benefícios da biotecnologia, mas cabe aos Estados Membros e à Comissão Europeia não deixar que este importante estudo caia no esquecimento e continuar a implementar o apoio necessário para que a indústria de biotecnologia floresça na Europa. A APBio está certa que o governo Português, aproveitando a próxima Presidência da União Europeia, dará um contributo indelével nesse sentido e, enquadrado nos objectivos traçados pela Estratégia de Lisboa e pelo Plano Tecnológico, não deixará de reforçar o seu apoio e desenvolver iniciativas que permitam que este sector de base tecnológica se fortaleça e contribua decisivamente para o aumento da competitividade da economia nacional.

A Direcção da APBio

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